Primeiros resultados da experiência de implantação do Recurso de ECG Digital em Belo Horizonte, Brasil

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Isis Machado
Salime Haddad
Neuslene Queiroz
Fernando Morelli

Resumo

O município de Belo Horizonte possui um cenário em que os problemas cardiovasculares são prevalentes na população geral e são as principais causas de internação e óbito. Em 2007, com o objetivo de melhorar a resolutividade da atenção básica, agilizar o atendimento e diminuir o tempo de espera para o atendimento em Cardiologia nas Unidades de Referência Secundárias, o município de Belo Horizonte deu início ao TeleECG, por meio da implantação de equipamentos de ECG digital nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O eletrocardiograma (ECG) é um exame simples, de baixo risco, baixo custo e de grande valor diagnóstico. Foram utilizados os equipamentos de informática já existentes nas unidades adquiridos para implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente (SISREDE). Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem foram capacitados na execução do exame, arquivamento e envio dos traçados para a Central de Laudos localizada no Hospital das Clínicas (HC). Os médicos das Equipes de Saúde da Família (ESF) foram capacitados para identificação dos exames normais, através de um curso à distância em parceria com a Faculdade de Medicina da UFMG. Após prova de conceito realizada em 21 Unidades Básicas de Saúde (UBS), o TeleECG foi expandido para 158 unidades, entre unidades básicas, URSs e UPAs, sendo atualmente realizados cerca de 1.300 exames ao mês, dos quais mais de 650 exames em média são enviados à Central de Laudos.
Com o sucesso da implantação na Atenção Básica foi proposta a implantação do TeleECG também nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). As principais vantagens demonstradas pelo TeleECG são: 1) comodidade para o paciente - evita deslocamento até uma unidade especializada para realizar o exame: 2) rapidez na realização e acesso ao resultado; 3) acesso ao especialista (cardiologista) através do laudo emitido em até 15 minutos em casos identificados como de urgência e até 48 horas em exames não urgentes; 4) qualificação dos encaminhamentos; 5) capacitação permanente dos médicos das ESF. A incorporação de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na área de saúde tem propiciado a qualificação do atendimento, agilizado a tomada de decisão por meio de apoio diagnóstico e também contribuído para a humanização da atenção prestada ao usuário.

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Seção
Artigos